Recentemente foi aprovado o plano Nacional de Mortes e Lesões no trânsito, que visa trabalhar em prol de salvar vidas com metas e ações para a redução, pois o cenário nos mostra que a violência no trânsito cobra do país um altíssimo preço com vidas perdidas, vítimas com graves lesões de longo prazo, alto preço sobre os serviços de saúde além do comprometimento humano.
Este projeto de lei 3.267/19 da presidência da República propõe diversas alterações sugeridas no CBT, e claro algumas ainda não aprovadas e que colocam em dúvida todo um processo caminhando ao inverso do que desejamos, como aumentar de 20 para 40 pontos na CNH e os profissionais de 14 para 30 para realizarem o curso preventivo, possibilitando o cometimento de mais infrações. Uso de faróis apenas em rodovias de pista simples o que tem mostrado uma melhora na segurança viária trazendo mais visibilidade. Outra questão gerando apenas advertência por escrito para o condutor que transportar crianças de até 10 anos em desacordo com o sistema de retenção, onde que seu uso correto tem sido importante para a segurança no transporte e redução em até 60% de mortes de crianças. Bicicletas motorizadas, talvez ao invés dessa exigência, seria importante regulamentar então o uso de patinetes nos centros urbanos. Aumento do prazo de validade da CNH, o que sabemos muitas vezes apenas no momento da renovação que se busca examinar a visão que é fundamental para o trânsito, e neste período a visão poderá ficar prejudicada por ter sofrido algum acidente, ou cirurgia que reduza sua capacidade de dirigir. Retirada do simulador na formação do condutor que tem sido uma ferramenta com bastante utilidade com atividades pré-praticas gerando relatórios proporcionando um diálogo do instrutor com o aluno, auxiliando posteriormente com o andamento das aulas de direção veicular e com esta mudança o aluno deverá iniciar diretamente na via com todos riscos inerentes. Retirada do Exame toxicológico, hoje sabe-se que muitos condutores se utilizam dos famosos rebites para se manterem acordados para prolongar a jornada, e esta prática torna-se letal quando o efeito acaba e o condutor perde o senso crítico e a rapidez da tomada de decisão.
Lirian Lagemann – Instrutora de trânsito
CFC Reichert